

A mãe natureza precisa de suas filhas, vamos cuidar dela
Tenho a honra e a alegria de ter sido selecionada para participar da iniciativa Homeward Bound, que estabelecerá uma rede de 1.000 líderes científicas de todo o mundo para trabalhar pelo bem maior do nosso planeta. Por que isso é tão importante? Deixe-me explicar um pouco mais ...

O qué é Homeward Bound?
É um projeto revolucionário que visa treinar —em dez anos— 1.000 mulheres cientistas em todo o mundo em liderança colaborativa, para formar uma poderosa rede de líderes científicas que vão trabalhar por uma sociedade mais igualitária e que se relaciona mais respeitosamente com a natureza. Os principais objetivos das participantes do Homeward Bound são melhorar em igualdade de gênero e lutar contra as mudanças climáticas.
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O Homeward Bound está na 5ª edição (# TeamHB5), na qual 75 mulheres de todo o mundo foram selecionadas para participar. O programa é um curso intensivo de um ano em liderança colaborativa e comunicação científica, ministrado on-line pelas melhores profissionais de todo o mundo, culminando em uma expedição-congresso de três semanas à Antártica. Após o período de treinamento, as cientistas da Homeward Bound vão continuam trabalhando indefinidamente em projetos que melhoram o nosso futuro.
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Por que mulheres?
As mulheres, somos mais da metade das pessoas, mas estamos sub-representados em todas as posições de liderança e tomada de decisão. Atualmente, somos 60% dos graduados da universidade, mas apenas 10 a 20% dos cargos acadêmicos importantes. Na tomada de decisão, não atingimos 15%.
Está provado que ter equipes mais diversas melhora os resultados de qualquer atividade —particularmente a ciência—, portanto, é claro que melhorar a igualdade de gênero na tomada de decisões nos permitirá obter melhores soluções para as atuais crises ambientais. Portanto, treinar os participantes da Homeward Bound em habilidades de liderança, visibilidade e estratégia, a partir de uma equipe com um profundo conhecimento científico e um objetivo comum de construir uma forte rede de trabalho, melhorará a capacidade dessas cientistas de liderar pelo bem comum e obter um grande impacto na tomada de decisões focada em um futuro mais sustentável.
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Por que STEMM?
A ciência desempenha um papel fundamental na resolução de problemas sociais e ambientais e na construção de um futuro melhor. Portanto, Homeward Bound visa melhorar a visibilidade, a comunicação e a capacidade de impacto das mulheres que trabalham na STEMM (ciência, tecnologia, engenharia, matemática e medicina, por as iniciais em inglês). Além da grande desigualdade de gênero na liderança, as mulheres que trabalham no STEMM enfrentam desafios específicos que dificultam o avanço na carreira científica. No entanto, mulheres líderes com formação em STEMM são essenciais para desenvolver e conduzir projetos que ajudarão os humanos a interagir de forma mais equilibrada com a natureza
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Por que Antarctica?
Os habitats da Antártica são os mais sensíveis às atuais crises ambientais, onde o impacto das mudanças climáticas é mais apreciado. Portanto —e levando em conta que não há humanos nativos por lá— as participantes do Homeward Bound se tornarão embaixadoras em defesa da Antártica e um futuro em que os humanos podamos nos relacionar com a natureza de uma maneira mais equilibrada.
Além disso, a expedição antártica de três semanas, na qual as 75 participantes trabalharão juntas —com figuras internacionais da relevância de Musimbi Kanyoro e Christiana Figueres como professoras a bordo do navio— é um ponto-chave do treinamento em liderança. Aprender e trabalhar com tantas mulheres, com formação interdisciplinar e diferentes idades e nacionalidades, dentro de um barco sob condições extremas no ambiente mais remoto e frágil da Terra, proporcionará a elas um treinamento que vai mudar suas vidas y que reforçará suas habilidades de liderança.
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Finalmente, é importante observar que estamos cientes de que viajar para a Antártica gera um forte impacto ambiental, e é por isso que nossa viagem é organizada para poluir o mínimo possível, reduzindo, reutilizando e reciclando tudo, e cobrindo todas as emissões de dióxido de carbono —que não podam ser reduzido antes— através de programas de compensação.
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